segunda-feira, 21 de junho de 2010

Tem que Ter Saco






Ontem falei da minha emoção em ouvir o hino nacional brasileiro em um jogo de copa do mundo. Pois é, hoje quero falar do caos que é chegar a esse ponto. Talvez interpretem como ranzisse, coisa de velho, ou que estou reclamando de barriga cheia. Vamos lá, ao final interpretem como quiser. O primeiro passo até que foi fácil, conseguir o ingresso: O meu parceiro Lula que já está aqui há mais de um ano tinha um sobrando e me fez a gentileza de não se tornar um cambista e me vendeu pelo preço que pagou, quinhentos e sessenta Rands, algo em torno de cento e quarenta reais e ainda vai esperar meu pagamento sair. Ingresso na mão faltava saber se teria folga no dia do jogo. Uma conversa com o chefe e tudo bem, folga. Combinei com um amigo do R7 que iria fazer a cobertura de sairmos juntos para estádio, mas tinha que ser bem antes do horário. O jogo era as oito e meia da noite, combinamos sair as três e meia da tarde. Já tinha ido ao mesmo estádio em dia de jogo e sabia como seria complicado chegar cedo. Junte-se a isso o fato de estar com um jornalista que tinha como pauta cobrir a chegada das torcidas minuto-a-minuto, sair cinco horas antes era o mínimo que poderíamos fazer. Pra nossa sorte o trânsito estava tranquilo nesse horário e só levamos trinta minutos pra chegar, mas o chegar não é bem na porta do estádio. Os estacionamentos para carros sem credenciamentos, ou seja, de todos os torcedores, os mais próximos ficam cerca de quatro quilômetros da entrada principal do estádio. A explicação é que haveria um sistema de transporte que levaria todo mundo até a porta (para alguns isso é o economildo), mas isso não ficou pronto a tempo. Esse atraso aqui passou e ninguém reclama, pra FIFA tá tudo lindo. Faltando quatro anos para copa do mundo no Brasil e já estão reclamando do atraso. Eles devem saber que sempre deixamos nossa declaração do imposto de renda pra última hora né?!. Voltando ao assunto, depois de mais vinte e cinco minutos de caminhada pela poeira chegamos ao nosso destino. No caminho uma surpresa, ambulantes. No último jogo que tinha ido cobrir no mesmo estádio reclamei disso: milhares de pessoas andando em direção ao estádio, muitos com sede, fome ou frio e ninguém pra vender nada. Dessa vez, sabendo que um monte de brasileiros consumistas passariam por ali resolvereram trabalhar e ganhar um extra.Tinha churrasco, cerveja, refrigerante, gorros, luvas e as malditas vuvuzelas, claro que um vende a vuvuzela e o outro vende o fone auricular, quase uma venda casada, mas não sei se tem PROCON por aqui. Depois dessa luta toda só resta relaxar e isso mesmo, fico sem jeito de falar o resto da frase da sábia ex-ministra que entende de sexo como ninguém. Entrei, encontrei minha cadeira, sentei, levantei, sentei, levantei, sentei, levantei...isso não é um erro de digitação, é que toda hora passa alguém e o espaço entre as cadeiras é muito pequeno e você tem mesmo que levantar toda hora. Lembrei de outro ministro, o Nelson Jobim da defesa que sugeriu aumentar o espaço entre as cadeiras dos aviões pra resolver os caos aéreo, lembra? e por falar em defesa heim?! que defesa é essa? ah!! depois de tudo isso vem o maldido som ensurdecedor das vuvuzelas. Já está até ritmado, um infeliz sopra em um tom e outros milhares respondem em outro bem mais alto. Pode até ser que caia um ingresso na minha mão, mas não vou fazer esforço nenhum pra conseguir outro. Sei que vou voltar ao mesmo estádio e fazer a mesma peregrinação de novo, mas vou parar na porta porque estarei trabalhando.

4 comentários:

  1. Constânciooooooooooooooooooooooooooo. Lembra de mim? Sonia, da época do Liberal em BSB. Vi no Facebook da Claudia que vc fez esse blog. Que barato. Parabéns! Adorei. Bjs e boa sorte aí na AS.

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  2. Reclamando de barriga cheia? Coisa feia! Bjs

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  3. Fala pó de arroz, achei você aqui passei pra deixar um abraço e sucesso. Vou estar por aqui agora um abraço.

    Paulão BSB.

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